A antítese é uma figura de linguagem que visa a expressar uma oposição entre dois termos ou conceitos. Seu propósito é destacar uma ideia mencionando seu contraste. Por exemplo: É tão curto o amor, e o esquecimento é tão longo (Pablo Neruda).
O termo é de origem grega e é formado pelo prefixo anti-, que significa “contrário” ou “oposto”, e thesis, que significa “opinião” ou “posição”.
Essa figura de linguagem é amplamente usada na poesia, mas também pode ser encontrada na filosofia e em outros campos do conhecimento humano para estabelecer relações de oposição entre pontos de vista, proposições, julgamentos, ideias ou teses.
Por outro lado, a antítese também pode ser encontrada na fala cotidiana, pois é um recurso muito produtivo. Por exemplo: Que azar a sorte de te encontrar.
O fato de vincular dois conceitos opostos liga a antítese a outras figuras de linguagem, como o oximoro e o paradoxo, com os quais não deve ser confundida.
- Veja também: Contradições
Exemplos de antítese
- “É tão curto o amor, e tão longo o esquecimento.” (Pablo Neruda)
- “Quando quero chorar, não choro
e às vezes choro sem querer.” (Rubén Darío) - “Este amor mais profundo que o mar pode alcançar o céu e seguir adiante.” (Ricardo Montaner).
- “Você é como a rosa de Alexandria, que se abre à noite e se fecha de dia.” (Anônimo)
- As grandes pessoas se reconhecem nos pequenos detalhes.
- “Os meninos vão pela terra
e as meninas pelo ar.” (Juan Agustín Goytisolo) - Devemos olhar para a rosa por sua beleza e também por seus espinhos.
- “Não temos mais nada a procurar; cheio está o coração, vazio está o mundo.” (Novalis)
- Quanto mais a tristeza aumenta, mais o coração se encolhe.
- “Esforço-me para esquecer-te e, sem querer, recordo-te.” (Armando Castillo)
- O homem veio do inferno e apareceu no céu.
- “Dê-me a liberdade ou me dê a morte.” (Patrick Henry)
- “Entre espinhos
costumam nascer finas rosas
e entre cardos belas flores,
e em canteiros de cultivo
perfumados cravos.” (Cristóbal de Castillejo) - Às vezes chora de alegria, às vezes ri de dor.
- ”Eu velo quando você dorme; eu choro quando você canta; eu desmaio de jejum quando você é preguiçoso e desanimado de puro cansaço.” (Miguel de Cervantes Saavedra)
- “Foi um sonho ontem, amanhã será terra:
pouco antes nada, e pouco depois fumaça.” - A morte é tão fácil, e a vida é tão difícil.
- “Meus arreios são armas,
meu descanso, a luta
minha cama, as duras rochas
meu sono, sempre a vigiar.” (Anônimo) - Quanto mais rápido correr, mais devagar chegará.
- “A resposta suave apazigua a raiva, mas a palavra áspera faz a raiva crescer.” (Provérbio)
- A chuva molha a rua, mas seca minha alma.
- Antes do vício de pedir, há a virtude de não dar.
- “Quanto mais alto chegava
desta tão elevada tarefa,
mais baixo e rendido
e abatido me encontrava.” (San Juan de la Cruz). - É preciso escolher entre viver como escravo ou morrer livre.
- “Sofremos muito pelo pouco que nos falta e desfrutamos muito pouco pelo muito que temos.” (William Shakespeare)
- Sua força é sua maior fraqueza.
- “Os meninos vão pela margem
e as meninas pela água.” (Juan Goytisolo) - “Que não sei quando é dia
nem quando as noites são,
senão por uma avezinha
que me canta o amanhecer.” (Anônimo) - “é ferida que dói, e não se sente
é um contentamento descontente
é dor que desatina sem doer.” (Luís Vaz de Camões) - “O fogo é a água, o zéfiro é pesado,
as flores são serpentes, o prado é arenoso.” (Lope de Vega)
- Continue com: Metáfora
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