50 Exemplos de
Carboidratos

Os carboidratos, glicídios ou hidratos de carbono são biomoléculas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio, mas também podem conter enxofre, nitrogênio e fósforo. Os carboidratos fazem parte dos corpos dos seres vivos cumprindo funções estruturais e de armazenamento de energia. Por exemplo: ribose, sacarose, rafinose, amido.

Estas biomoléculas são uma fonte de energia rápida para a célula. Um grama de carboidrato fornece 4.5 kcal de energia. Além disso, em muitos organismos vivos, os carboidratos servem para armazenar energia, como é o caso do glicogênio nos seres humanos e do amido nas plantas. Também cumprem funções estruturais, por exemplo, a celulose faz parte da parede celular dos vegetais.

Os carboidratos podem ser encontrados em diferentes alimentos, como, por exemplo, em frutas, farinhas, batatas e milho.

Embora seja frequentemente usado o termo carboidrato, não é completamente certo, porque estas moléculas não são átomos de carbono hidratados. Por esta razão, o termo “glicídio” é cada vez mais utilizado.

Tipos de carboidratos

Os carboidratos podem ser classificados de acordo com a sua composição e a quantidade de unidades de monômeros (moléculas relativamente simples que se ligam para formar macromoléculas) que contêm na sua estrutura:

  • Monossacarídeos. São formados por uma única molécula e são os carboidratos mais simples. Não são hidrolisados (reagem com a água) para formar carboidratos mais simples.
  • Dissacarídeos. São formados por duas moléculas de monossacarídeos, unidas por uma ligação glicosídica. Podem ser hidrolisadas para formar monossacarídeos.
  • Oligossacarídeos. São formados por duas e até dez moléculas de monossacarídeos. Podem estar ligados a proteínas formando glicoproteínas e a lipídios formando glicolipídios.
  • Polissacarídeos. São formados por cadeias que contêm dez ou mais monossacarídeos. Estas cadeias podem ser ramificadas ou não. Nos organismos, desempenham funções de estrutura e armazenamento de energia.

Exemplos de monossacarídeos

  1. Arabinose. Também conhecido como açúcar de pectina. É formado por 5 átomos de carbono. É utilizado em culturas bacterianas como fonte de carbono.
  2. Ribose. É formado por 5 átomos de carbono. É um dos componentes do RNA (ácido ribonucleico) e do ATP (adenosina trifosfato).
  3. Frutose. É formado por 6 átomos de carbono e tem a mesma fórmula que a glicose, mas com estrutura diferente. Está presente em vegetais e frutas.
  4. Glicose. É formado por 6 átomos de carbono. É o composto orgânico mais abundante na natureza. É a fonte de energia imediata da célula.
  5. Galactose. É formado por 6 átomos de carbono. É transformada em glicose no fígado. É sintetizada nas mamas e faz parte da lactose.
  6. Manose. É formado por 6 átomos de carbono. Está presente nas plantas como parte de alguns polissacarídeos e nos animais como parte de algumas glicoproteínas.
  7. Xilose. Também conhecido como açúcar de madeira. É formado por 5 átomos de carbono. É encontrado como parte da madeira das árvores e da palha.

Exemplos de dissacarídeos

  1. Sacarose. É formado por glicose e frutose. É o açúcar comum de mesa. É encontrado naturalmente em muitos alimentos e adicionado a outros.
  2. Lactose. É conhecido como “açúcar do leite”. É composto por glicose e galactose. É encontrado no leite de muitos mamíferos.
  3. Maltose. É conhecido como “açúcar de malte”. É composto por duas moléculas de glicose. Está presente nos grãos de cevada quando germinados e, portanto, é um componente da cerveja.
  4. Celobiose. É formado por duas moléculas de glicose. Decompõe-se em glicose no estômago e intestino delgado.

Exemplos de oligossacáridos

  1. Rafinose. É formado por glicose, frutose e galactose. Costuma provocar gases intestinais quando consumido pelo ser humano. Este carboidrato diminui o rendimento do processo da cana-de-açúcar.
  2. Melicitose (ou melezitose). É formado por duas moléculas de glicose e uma de frutose. Encontra-se nos sucos de algumas árvores.

Exemplos de polissacarídeos

  1. Amido. É formado por cadeias de moléculas de glicose chamadas “amilose” (cadeias lineares) e “amilopectina” (cadeias ramificadas). É o carboidrato de reserva energética das plantas.
  2. Glicogênio. É formado por cadeias ramificadas de glicose. É o polissacarídeo de reserva energética dos animais. Encontra-se no fígado e nos músculos.
  3. Celulose. É formado por cadeias lineares de glicose. Constitui grande parte da biomassa do planeta. Faz parte da parede celular das plantas.
  4. Quitina. É composto por unidades de N-acetilglicosamina. Faz parte da parede celular dos fungos e do exoesqueleto dos artrópodes.

Alimentos que contêm carboidratos

A ribose é encontrada em:

  • Fígado de vaca
  • Lombo de porco
  • Cogumelos
  • Espinafres
  • Brócolis
  • Espargos
  • Leite não pasteurizado

A frutose é encontrada em:

  • Alfarroba
  • Ameixas
  • Maçãs
  • Tamarindo
  • Mel
  • Figos
  • Tomates
  • Coco

A glicose é encontrada em:

  • Lácteos
  • Frutas secas
  • Cereais

A manose é encontrada em:

  • Amoras
  • Maçãs
  • Milho

A xilose é encontrada em:

  • Milho

O amido é encontrado em:

  • Banana
  • Batata
  • Abóbora
  • Ervilha
  • Milho
  • Nabo

O glicogênio é encontrado em:

  • Farinha
  • Pão
  • Arroz
  • Massa
  • Batata
  • Banana
  • Maçã
  • Laranja
  • Aveia
  • Iogurte

A celulose é encontrada em:

  • Espinafre
  • Alface
  • Maçã
  • Cereais integrais

A quitina é encontrada em:

  • Cogumelos
  • Lula
  • Crustáceos

Referências

  • Blanco Antonio y Blanco Gustavo. (2013) “Química Biológica” 10ma Edición. Editorial El Ateneo.
  • “Edulcorantes y azúcares” Em: https://medlineplus.gov/

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Ondarse Álvarez, Dianelys. Carboidratos. Enciclopédia de Exemplos, 2024. Disponível em: https://www.ejemplos.co/br/carboidratos/. Acesso em: 3 de novembro de 2024.

Sobre o autor

Autor: Dianelys Ondarse Álvarez

Licenciada em Radioquímica (Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Aplicadas. Havana, Cuba). Doutora em Ciência e Tecnologia (Universidad Nacional de Quilmes, Buenos Aires, Argentina).

Traduzido por: Cristina Zambra

Licenciada em Letras: Português e Literaturas da Língua Portuguesa (UNIJUÍ).

Data de publicação: 23 de maio de 2024
Última edição: 22 de outubro de 2024

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