Os cometas são objetos espaciais constituídos principalmente por rochas, gelo e poeira. Orbitam o Sol e, com os asteroides, os planetas e os seus satélites fazem parte do Sistema Solar. Por exemplo: os cometas Halley, Shoemaker-Levy 9, 3D/Biela.
Uma característica dos cometas é sua cauda visível. Trata-se de uma trilha formada pelos gases que se produzem quando um cometa se aproxima do Sol, pois se aquece a sua superfície e isto faz com que o gelo se converta em gás.
Acredita-se que os cometas provêm principalmente de dois agrupamentos de objetos celestes:
- A Nuvem de Oort. Situa-se a uma distância do Sol entre 50 mil e 100 mil UA (unidades astronômicas). É composta por restos gelados e rochosos remanescentes da formação do Sistema Solar.
- O Cinturão de Kuiper. Está localizado além da órbita do planeta Netuno. Os cometas do Cinturão de Kuiper são afetados pela gravidade deste planeta e outros planetas exteriores, o que pode perturbar suas órbitas e enviá-los para o interior do Sistema Solar.
Unidade astronômica (UA): Uma unidade astronômica equivale à distância que separa a Terra do Sol, aproximadamente 149 milhões de quilômetros.
- Veja também: Galáxias
Tipos de cometas
Existem três formas principais para classificar os cometas: de acordo com a sua origem, tamanho e sua órbita.
- Cometas de acordo com a sua origem e a sua trajetória espacial. Distinguem-se os de longo período, que provêm de mais longe e nascem na Nuvem de Oort, e os de curto período, que provêm do Cinturão de Kuiper.
- Cometas de acordo com o seu tamanho. São classificados como anões (0–1,5 quilômetro de diâmetro), pequenos (1,5–3 quilômetros), médios (3–6 quilômetros), grandes (6–10 quilômetros), gigantes (10–50 quilômetros) e cometas golias (mais de 50 quilômetros de diâmetro).
- Cometas de acordo com o seu período orbital. Distinguem-se os de curto prazo, se completarem uma volta ao redor da sua órbita em menos de 200 anos (por exemplo, o cometa Halley, que leva 76 anos) e os de longo período, se levarem mais de 200 anos para uma volta ao redor de sua órbita.
Denominação dos cometas: Os astrônomos estabeleceram uma nomenclatura específica para os cometas. Os que são tem a letra P em seu nome significa que são cometas que estão em uma órbita periódica, e retornam ao Sistema Solar com certa regularidade. A letra C indica que são cometas não periódicos, e não mantêm uma regularidade. A letra D indica que são cometas mortos, o que significa que se observou em algum momento, mas foram destruídos.
Exemplos de cometas
1. Cometa Halley
É o cometa mais conhecido que existe. Tem um período orbital de cerca de 76 anos e é um dos mais brilhantes entre os que provêm da Nuvem de Oort. É, de fato, o único cometa de curto período visível a olho nu da Terra. É observado desde a Antiguidade, foi avistado pela primeira vez no ano 240 a.C e foi visto pela última vez em 1986, e espera-se poder voltar a observá-lo em 2061.
2. O Grande Cometa de 1577
De nome oficial C/1577 V1, este cometa passou perto da Terra em 1577 e foi visto por muitos astrônomos europeus, entre eles, o dinamarquês Tycho Brahe. Foi um dos primeiros cometas a ser estudados com instrumentos astronômicos e sua aparição foi muito importante na época para a compreensão da natureza dos cometas.
3. O Grande Cometa de 1811
De nome oficial C/1811 F1, este cometa pode ser visto durante 260 dias contínuos e a olho nu, dada a sua espetacularidade e o seu tamanho de 40 quilômetros de diâmetro. Estima-se que seu período orbital seja de 3065 anos. Seu brilho foi comparável com o da Lua cheia.
4. 19P/Borrelly
Foi descoberto por Alphonse Borrelly em 1904. Seu período orbital é de 2484 dias. Em 2001, foi visitado pela sonda espacial Deep Space 1, que pode tirar fotografias e obter dados sobre a sua composição e o seu núcleo.
5. Cometa Hale-Bopp
Também conhecido como o Grande Cometa de 1997 ou C/1995 O1, é provavelmente um dos mais observados durante o século XX e um dos mais brilhantes já vistos. Foi descoberto simultaneamente por Alan Hale e Thomas Bopp em 1995 e visível a olho nu durante vários meses.
6. 67P/Churyumov-Gerasimenko
Foi descoberto em 1969 pelo cientista ucraniano Klim Ivanovich Churyumov graças aos estudos da cientista Svetlana Gerasimenko. Tem um período orbital de 6,6 anos e foi, em março de 2004, o destino da missão espacial europeia Rosetta. Esta sonda espacial pode se aproximar do corpo do cometa, tirar fotografias e medir o seu campo magnético.
7. 3D/Biela
Foi avistado em 1772 e em 1805, mas só em 1826 o astrônomo alemão Wilhelm von Biela pôde calcular sua órbita. Em 1845 foi observado fragmentado em dois e em 1877, quando deveria voltar a acontecer, não aconteceu. Em vez disso, foi detectada uma chuva de estrelas de quase seis horas na constelação de Andrômeda. Acredita-se que se tenha desintegrado, porque nunca mais foi visto.
8. Shoemaker-Levy 9
Este cometa, descoberto em 1993 e formalmente chamado de D/1993 F2, foi muito importante em 1994, quando se precipitou em direção a Júpiter e caiu em seu interior. O evento suscitou profundo interesse na astronomia mundial, pois se tratou do primeiro impacto observável de um corpo cósmico na atmosfera de um planeta.
9. 9P/Tempel 1
Foi descoberto em 1867 pelo astrônomo alemão Wilhelm Tempel. Em 2005 foi estudado pela sonda espacial Deep Impact da NASA, que disparou um projétil contra o cometa para analisar o seu núcleo.
10. Hyakutake
De nome oficial C/1996 B2, foi descoberto pelo astrônomo japonês Yuji Hyakutake, em janeiro de 1996. Foi um dos cometas mais brilhantes do século XX. Passou muito perto da Terra e foi visível a olho nu.
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Referências
- Enséñame de Ciencia. (2023). De dónde provienen los cometas. Tipos, características y los 5 más populares. https://ensedeciencia.com/
- National Geographic. (2022). Cometas: qué son y cuál es su importancia. https://www.nationalgeographicla.com/
- StarChild. (s.f.). Cometas. https://starchild.gsfc.nasa.gov/
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