O desenvolvimento é a parte de um texto narrativo em que acontece o conflito ou problema central da trama.
Os textos narrativos, como contos, romances, lendas e fábulas, têm uma estrutura que consiste em:
- Introdução ou início. Apresentam-se os personagens, os lugares, o contexto e a normalidade da trama. Geralmente está no começo do texto.
- Desenvolvimento. É introduzido um fato que quebra a normalidade da trama e são mencionados os eventos mais importantes. Geralmente está no meio do texto e é a parte mais interessante, porque apresenta uma intriga ou um obstáculo que gera tensão.
- Desenlace. Refere-se a eventos que permitem resolver o problema do desenvolvimento e volta à normalidade da introdução ou produz-se nova situação de estabilidade. Geralmente está no final do texto, mas em alguns casos não é incorporado, porque a história não termina.
Além disso, o desenvolvimento envolve os protagonistas e, em muitos casos, outros personagens, pois devem realizar diferentes ações para resolver o conflito.
Em algumas ocasiões, os textos narrativos podem começar in media res, ou seja, que começam pelo desenvolvimento. Em outros casos, não incluem desenvolvimento, porque são histórias lineares que não têm grandes mudanças na trama.
- Veja também: Elementos da narração
Exemplos de desenvolvimento
Pedro e o lobo
- Introdução ou início:
Havia uma vez um menino chamado Pedro que vivia com sua família no campo e que era pastor, por isso, ocupava-se de cuidar e alimentar as ovelhas.
Nas pastagens onde Pedro trabalhava, era muito comum que lobos aparecessem procurando comida e se uma pessoa via algum destes animais, costumava pedir ajuda aos seus vizinhos.
- Desenvolvimento:
Um dia Pedro levou as ovelhas ao campo e, como estava muito entediado, decidiu fazer uma brincadeira: começou a gritar que tinha visto um lobo, embora realmente não houvesse nenhum.
Os vizinhos e trabalhadores rurais se aproximaram do lugar de onde os gritos vieram, mas quando chegaram, viram que Pedro estava rindo a gargalhadas. Disseram que ele não poderia fazer este tipo de brincadeira porque todos tinham se preocupado muito.
No dia seguinte, o garoto repetiu a brincadeira e as pessoas que foram ajudá-lo voltaram a desafiá-lo. Os dias passavam, Pedro continuava realizando as mesmas tarefas, mas cada vez se entediava mais.
Uma tarde, o garoto estava cuidando de suas ovelhas como sempre, de repente ouviu um uivo, viu que um animal se aproximava pelas pastagens, não hesitou nem um minuto e começou a gritar: “Socorro! ! Há um lobo! Socorro! Por favor!”
- Desenlace:
As pessoas que estavam perto acreditaram que era a brincadeira de sempre e não foram ajudar o menino, que conseguiu escapar do animal feroz, mas não pôde evitar que atacasse três de suas ovelhas.
Foi assim que Pedro aprendeu que não tinha que dizer mentiras e que não era bom enganar as pessoas.
A raposa e as uvas
- Introdução ou início:
Na floresta vivia uma raposa que comia todos os tipos de alimentos. Era verão e, embora nesta época sempre abundasse a comida, a raposa ficou muitas horas sem conseguir nem um alimento.
- Desenvolvimento:
A raposa estava cada vez mais longe de seu covil até que, de repente, viu um parreiral que tinha um cacho de uvas que estava muito alto.
A raposa começou a pular para pegar o cacho com a sua boca, mas não conseguiu. Ela continuou tentando várias vezes, mas sempre falhava. Depois pensou que seria uma boa ideia subir na árvore, mas quando quis fazer isso, escorregou.
- Desenlace:
No final das contas, a raposa desistiu e decidiu continuar andando e procurando comida em outra área.
O leão e o mosquito
- Introdução ou início:
Na savana africana vivia um leão que acreditava ser o animal mais forte e inteligente de todos. Um dia o felino estava dormindo tranquilamente até ser acordado pelo zumbido de um mosquito.
- Desenvolvimento:
— Por que você me acordou? — perguntou o leão.
— Porque eu queria te mostrar que sou mais forte do que você — respondeu o mosquito.
— Ninguém é mais forte do que eu.
— Eu vou provar para você.
— Continuarei dormindo e peço que você se afaste.
O leão deitou e o mosquito começou a picá-lo.
—Você viu? Eu te ataco e você não pode me parar — disse o mosquito.
— Sim, eu posso pará-lo. Sou o rei da selva — afirmou o leão.
O inseto continuou a picar o felino, que não conseguia pegar seu atacante e finalmente se rendeu.
- Desenlace:
O mosquito, feliz por seu triunfo, começou a zombar do leão e se aproximou de uma árvore, mas, de repente, percebeu que não podia se mover, porque tinha sido pego por uma teia de aranha. Naquele momento o inseto pensou que tinha vencido o rei da selva, mas que havia sido derrotado por outro ser.
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