10 Exemplos de
Direito positivo

O direito positivo é o conjunto de disposições legais e jurídicas criadas pelo homem para reger sua convivência e impostas pela organização de um Estado, bem como reunidas em um corpo escrito que contém a estrutura legal detalhada. Por exemplo: regulamentos comerciais, códigos penais, contratos legais.

Diferentemente do direito natural (inerente aos seres humanos) e do direito consuetudinário (ditado pelo costume), o direito positivo é imposto coletivamente para regular a convivência das pessoas, sancionado pelas instituições do Estado de acordo com as disposições de um código comum — um corpo de leis escritas — que, por sua vez, pode ser alterado por consenso. Como será visto, estas leis são baseadas em um pacto jurídico e social.

Estas normas e leis também têm uma hierarquia, um escopo e uma área de ação determinada, de acordo com o que está estabelecido em suas escrituras. É por isto que existem aparatos jurídicos estatais (juízes, advogados, tribunais, etc.) encarregados de interpretar corretamente o conteúdo das escrituras.

Diferenças entre direito positivo e direito natural

O direito positivo inclui todos os escritos jurídicos e legislativos de um Estado específico, não apenas os que estão em vigor e os que consideramos como lei, mas também seu histórico legislativo, leis revogadas e todos os tipos de regras e regulamentos jurídicos que já foram escritos.

Neste sentido, o direito positivo é sustentado com base na doutrina do juspositivismo, oposta ao jusnaturalismo em sua consideração de que as únicas regras jurídicas verdadeiras são aquelas promulgadas em consenso pelo homem. O jusnaturalismo, por outro lado, proclama a existência de leis primárias, morais, que nascem junto com a condição humana.

Se a lei natural nasce com o homem, o direito positivo, por outro lado, é dado pela sociedade e pelo Estado.

Exemplos de direito positivo

  1. Códigos rodoviários e de transporte. Todas as regulamentações de transporte, seja por terra (carros e veículos de todos os tipos), água (navios e assim por diante) e ar (aviões e aeronaves) aderem a códigos legais escritos por consenso social e político, de modo que são escritos em manuscritos e geralmente consistem em uma série de sinais e símbolos que, para serem interpretados, exigem educação formal na área por parte dos indivíduos.
  2. Regulamentos comerciais. Os regulamentos que regem como fazer negócios de forma correta e legal em um país, incluindo registros, procedimentos e protocolos legais, encontram-se em códigos comerciais e leis específicas da área, que podem ser consultados para realizar um bom negócio ou, ao contrário, para descobrir se fomos vítimas de um mau procedimento.
  3. Certidões de nascimento, casamento e óbito. Todos os documentos cuja função é registrar mudanças no estado civil e vital dos cidadãos de um país, tais como certidões de nascimento, casamento e óbito, são emitidos pelo Estado de acordo com uma ordem escrita, que fornece um registro do que acontece e permite a comprovação legal do passado.
  4. Constituições nacionais. Toda a estrutura legal de uma nação, contendo os procedimentos para eleger seus representantes, descrevendo os diferentes poderes e ordenando legalmente a vida, é um exercício emblemático do direito positivo: estas regras são escritas e impressas em massa para que os cidadãos saibam quais são as regras do jogo para sua nação.
  5. Códigos penais. Uma parte dos sistemas jurídicos estatais trata especificamente dos procedimentos de justiça e punição de crimes, ou seja, o que fazer e como proceder ao lidar com roubo, furto, assassinato e todas as formas de transgressão escrita. Em países com governos religiosos fundamentalistas, este código geralmente é ditado por seus textos sagrados, como por exemplo, o Alcorão. Nestes casos específicos, podemos estar diante de um direito divino, e não positivo, já que se supõe que o próprio Deus tenha ditado estas leis sagradas.
  1. Códigos de ética profissional. Todas as profissões que possuem um órgão profissional que garante a defesa dos direitos e o cumprimento dos deveres de todos os profissionais formados e qualificados aderem a um código de ética e jurídico escrito que é compartilhado por todos os que exercem a profissão.
  2. Contratos legais. Qualquer acordo legal firmado voluntariamente por duas partes que se certificam e se comprometem a cumpri-lo por meio da assinatura de um documento escrito, ou seja, um contrato, está exercendo o direito positivo. Este documento permanecerá mesmo após o serviço, a venda ou o acordo de qualquer tipo ter sido realizado e se tornará parte da história jurídica destas pessoas e do país.
  3. Licenças de uso. Semelhante aos contratos, as licenças de uso, como as que nos são exibidas digitalmente quando assinamos o uso de um programa de software, ou as que nos são fornecidas quando compramos determinados produtos, também são formas escritas de acordo legal que pertencem à esfera do direito positivo.
  4. Registros legais. A história jurídica de uma nação, instituição ou tribunal pode ser encontrada em seus registros jurídicos, que contêm um número significativo de mandados, ações e decisões judiciais, assim como outros documentos que fazem parte do direito positivo.
  5. Documentos fundacionais. As grandes empresas humanas geralmente costumam ter algum tipo de documento de fundação que certifica sua criação ou atesta os termos em que foram criadas, quem estava envolvido e qual acordo específico foi firmado. Às vezes para fins puramente documentais ou históricos, outras vezes para disputas legais ou jurídicas, estes documentos permanecem no tempo e podem ser consultados e usados na estrutura de procedimentos de direito positivo.

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Equipo editorial, Etecé. Direito positivo. Enciclopédia de Exemplos, 2024. Disponível em: https://www.ejemplos.co/br/direito-positivo/. Acesso em: 26 de novembro de 2024.

Sobre o autor

Traduzido por: Márcia Killmann

Licenciatura em letras (UNISINOS, Brasil), Doutorado em Letras (Universidad Nacional del Sur).

Data de publicação: 26 de novembro de 2024
Última edição: 26 de novembro de 2024

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