As rochas ígneas são rochas que se formam a partir do resfriamento e da solidificação do magma. O magma é uma mistura que consiste em rocha derretida, minerais e gases. Alguns exemplos de rochas ígneas são: o granito, o diorito, o sienito e o gabro.
- Veja também: Materiais e suas propriedades
Tipos de rochas ígneas
As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com diferentes critérios:
Segundo sua origem. As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com o local e a forma como o magma se solidifica.
- Plutônicas (intrusivas, abissais ou faneríticas). Formam-se a partir do resfriamento lento do magma, que existe em grandes quantidades na crosta terrestre. Esse resfriamento lento provoca a formação de grandes cristais que podem ser vistos a olho nu.
- Vulcânicas (extrusivas). São formados pela solidificação do magma na superfície da Terra, o que ocorre quando há erupções vulcânicas. Este resfriamento rápido faz com que não se formem cristais grandes, portanto, são rochas formadas por grãos finos.
Segundo sua composição. As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com a quantidade de silicatos claros (minerais com maior teor de sílica, potássio, sódio e cálcio) e silicatos escuros (minerais com maior teor de ferro e magnésio e baixo teor de sílica) que contém.
- Rochas félsicas (composição granítica). São compostas por aproximadamente 70% de sílica. Geralmente têm cores claras e baixa densidade.
- Rochas andesíticas (composição intermediária). São compostas por aproximadamente 25% de silicatos escuros. Estão relacionadas à atividade vulcânica em bordas continentais.
- Rochas máficas (composição basáltica). São formadas por um alto teor de silicatos escuros e cálcio. Têm cores mais escuras e são mais densas do que as rochas félsicas.
- Rochas ultramáficas (ou ultrabásicas). Consistem em mais de 90% de silicatos escuros. Geralmente, não são encontradas na superfície da Terra.
Segundo sua textura. As rochas ígneas podem ser classificadas de acordo com a forma, a disposição e o tamanho dos cristais que as formam.
- Rochas de textura vítrea. Formam-se durante erupções vulcânicas, quando a rocha é expelida do vulcão e resfriada rapidamente.
- Rochas com textura afanítica. Formam-se quando o resfriamento do magma é rápido, o que impede que os minerais que compõem a rocha sejam vistos a olho nu.
- Rochas de textura fanerítica. Formam-se quando grandes quantidades de magma se solidificam de forma lenta no interior da crosta terrestre, o que permite a formação de grandes cristais.
- Rochas com textura porfirítica. Formam-se como resultado de diferentes temperaturas de cristalização de diferentes minerais, de modo que alguns minerais adquirem tamanhos grandes e outros tamanhos muito pequenos.
- Rochas de textura pegmatítica. Formam-se nas últimas etapas da cristalização, nas quais o magma tem um alto teor de água, cloro, flúor e enxofre. São formadas por cristais grandes.
- Rochas com textura piroclástica. Formam-se pela associação de diferentes rochas com cinzas, gotículas de líquido derretido e fragmentos de material vulcânico.
Lista de exemplos de rochas ígneas
- Granito. É uma rocha de origem intrusiva que consiste principalmente de feldspatos, quartzo, mica e plagioclásio. Normalmente tem cores claras e variáveis. É muito utilizada na construção de monumentos.
- Granodiorito. É uma rocha intrusiva, com menor teor de feldspato do que o granito. É considerada um granito na engenharia.
- Diorito. É uma rocha intrusiva formada por feldspatos e minerais escuros. Sua composição é semelhante à do granito, embora não seja muito usada na construção.
- Sienito. É uma rocha intrusiva com composição semelhante à dos granodioritos e gabros. Contém muito pouco quartzo.
- Gabro. Rocha intrusiva que consiste principalmente em quantidades quase iguais de plagioclásio e piroxênio. É usada na construção civil e é conhecida como “granito preto”.
- Peridotito. É uma rocha intrusiva formada quase inteiramente por olivina. É muito escura e tem alta densidade.
- Riolito. É uma rocha extrusiva cuja composição é semelhante à do granito. Os cristais contêm feldspatos, quartzo, oligoclásio, biotita, piroxênio e anfibólio. Sua cor é acinzentada e vermelha.
- Dacito. É uma rocha vulcânica. Tem alto teor de sílica e ferro, com uma composição intermediária entre o andesito e o riolito.
- Andesito. É uma rocha extrusiva. Pode ser composta de biotita, plagioclásio, piroxênio e hornblenda. Os andesitos que contêm piroxênio são os mais comuns.
- Basalto. É uma rocha extrusiva. Tem alto teor de ferro, magnésio e sílica. É a rocha extrusiva mais abundante na crosta terrestre.
- Obsidiana. É uma rocha extrusiva. É constituída principalmente de aluminossilicatos e dióxido de silício. Sua composição é semelhante à do granito e do riolito.
- Komatiito. É uma rocha extrusiva. É formada por magma extremamente quente que contém muito magnésio.
- Pedra-pomes (púmice). É uma rocha vulcânica. Consiste principalmente de feldspato, quartzo e plagioclásio. Sua cor é de cinza claro a escuro, apresentando uma textura áspera que a torna adequada para cosméticos. Tem baixa densidade e flutua na água.
- Escória. É uma rocha extrusiva, de cor vermelha escura a preta. É formada a partir de lava rica em gás.
- Pórfiro. É uma rocha intrusiva semelhante ao granito, por isso tem usos semelhantes na construção. Em sua composição se encontram cristais de quartzo e feldspatos com bastante sílica.
- Traquito. É uma rocha extrusiva. É composta principalmente de feldspato potássico e biotita, piroxênio, hornblenda e plagioclásio.
- Pegmatito. É uma rocha ígnea intrusiva de granulação particularmente grossa, formada por cristais com mais de um centímetro de diâmetro.
- Brecha. É uma rocha intrusiva. É formada por fragmentos de rocha expelidos durante erupções vulcânicas. É utilizada para fazer placas de revestimento interno.
- Anortosito. É uma rocha intrusiva. Consiste em feldspato e plagioclásio, com pequenas quantidades de cálcio.
- Monzonito. É uma rocha intrusiva. É composta de quantidades quase iguais de feldspato alcalino e plagioclásio. Pode ser de cor preta, cinza, branca e marrom.
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Referências
- Chávez C. & Arreygue E. (2011), Alarcón. J. “Caracterización Mecánica de la Escoria Volcánica (Tezontle), de la Zona de Morelia, Michoacán, México”. Geotechnical Conference. Pan-Am CGS.
- “Rocas ígneas” http://www2.montes.upm.es/dptos/
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