A tolerância na escola é uma qualidade que os alunos desenvolvem em relação ao respeito pelas opiniões, crenças, atividades, gostos e preferências das outras pessoas. Por exemplo: agir com empatia, não discriminar uma pessoa por causa de sua posição social.
A tolerância é a capacidade ou virtude de aceitar que outras pessoas possam ser diferentes ou ter pensamentos diferentes. Portanto, conduz a melhores relacionamentos entre as pessoas. A tolerância implica um interesse em compreender os outros e uma predisposição ao diálogo e à colaboração. É uma atitude positiva e ativa. Por exemplo: certificar-se de que todos os alunos expressem seu ponto de vista, respeitando os ritmos e estilos individuais.
A escola é um espaço de aprendizado e socialização no qual são reproduzidas as relações sociais da comunidade à qual pertence. Em virtude disso, tem um papel fundamental no desenvolvimento de sociedades mais justas e tolerantes. As instituições educacionais têm o potencial de serem agentes de mudança e de formar cidadãos que percebam os outros como iguais, que entendam que todos têm os mesmos direitos e que aceitem a pluralidade.
- Veja também: Democracia na escola
Como promover a tolerância nas escolas?
A tolerância deve ser promovida nas diferentes esferas escolares, tanto na sala de aula quanto na ética institucional. Para tanto, os professores e a equipe diretiva da escola podem implementar propostas e recursos pedagógicos relacionados a:
- Os conteúdos. São os saberes e procedimentos que os alunos devem aprender em cada fase escolar. É possível incorporar tópicos relacionados à diversidade e à tolerância nas diferentes disciplinas. Por exemplo: aprender sobre outras civilizações (história), estudar os sistemas numéricos de outras culturas (matemática), pesquisar a diversidade linguística da comunidade (português).
- As práticas e as atitudes. São aquelas atividades que permitem que os alunos reflitam sobre como se relacionam com outras pessoas, a fim de promover o respeito, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, o repúdio ao preconceito e a compreensão das diferenças. Por exemplo: realizar debates, criar espaços para que os alunos se conheçam, analisar em grupo situações de conflito.
O ensino de valores faz parte do processo educacional e é realizado tanto formalmente, como parte do currículo, quanto informalmente, por meio do processo de socialização. Deve ser um eixo transversal, ou seja, um tema recorrente que sustenta as práticas pedagógicas e integra conceitos, processos e atitudes.
Exemplos de tolerância na escola
- Argumentar uma posição em sala de aula sem desqualificar as opiniões dos colegas.
- Criar uma atmosfera democrática e respeitosa na sala de aula.
- Ser solidário e compreensivo com os outros estudantes.
- Aceitar que existe liberdade de religião e que as pessoas podem praticar a religião de sua escolha.
- Não zombar dos colegas de classe que têm gostos ou preferências diferentes.
- Incluir outros estudantes em diferentes atividades.
- Não zombar se um colega cometer um erro.
- Respeitar o tempo de aprendizado de todos os alunos.
- Não discriminar as pessoas com base em sua nacionalidade.
- Incentivar a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro.
- Respeitar os costumes de todos os alunos.
- Buscar alternativas e incentivar o diálogo para resolver conflitos.
- Rejeitar estereótipos de gênero.
- Gerar situações de aprendizado cooperativo.
- Entender que não existem culturas melhores ou piores, apenas culturas diferentes.
- Entender que todos têm o direito à liberdade de expressão.
- Ouvir as outras pessoas sem interrompê-los.
- Colaborar com outras pessoas em trabalhos grupais.
- Discutir os problemas que surgirem e tentar entender as diferentes posições.
- Decidir em conjunto as regras de convivência.
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Referências
- Hernández, I. (2004). Educar para la tolerancia: una labor en conjunto. Revista Mexicana de Ciencias Políticas y Sociales, XLVII(191), 136-148. https://www.redalyc.org
- Yudkin Suliveres, A. (2014). Educar para la convivencia escolar y la paz: principios y prácticas de esperanza y acción compartida. Ra Ximhai, 10(2), 19-45. https://www.redalyc.org
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