Os verbos para citar autores são usados em um texto escrito quando se quer introduzir uma ideia de outro autor ou as palavras que outra pessoa disse. Por exemplo: explicar, postular, sentenciar.
Citações são usadas para mencionar o que outra pessoa disse ou escreveu, para justificar e exemplificar um conceito ou uma teoria e para analisar ou comentar um texto. Estes tipos de menções podem ser:
- Citações diretas ou textuais. O texto citado aparece entre aspas (quando não exceder três linhas) e reproduz o texto tal como está escrito no original. Por exemplo: “Vou expor neste museu novamente” afirmou o artista.
- Citações indiretas. O texto não aparece entre aspas e os conceitos e ideias do texto original são parafraseados. Por exemplo: O artista disse que voltaria a expor naquele museu.
Em ambos os tipos de citações podem ser usados os mesmos verbos, que são, na sua maioria, verbos de elocução, ou seja, verbos que se referem a ações de comunicação.
- Veja também: Verbos para expressar opiniões
Verbos para citar autores
esclarecer | defender | observar |
advertir | definir | opinar |
afirmar | demonstrar | pensar |
acrescentar | denominar | apresentar |
aludir | descrever | postular |
analisar | desmentir | propor |
somar | destacar | ratificar |
argumentar | enfatizar | recalcar |
assegurar | enumerar | recomendar |
comparar | enunciar | referir |
comprovar | estabelecer | refutar |
concluir | expor | relacionar |
considerar | expressar | revelar |
crer | indicar | assinalar |
dizer | insinuar | sustentar |
declarar | manifestar | sugerir |
deduzir | mencionar | verificar |
Orações com verbos para citar autores
- Jorge Luis Borges, o escritor argentino, em seu ensaio A postulação da realidade estabelece que “a imprecisão é tolerável ou verosímil na literatura, porque a ela nos inclinamos na realidade”.
- Chaplin acreditava que todas as pessoas tinham de acreditar em si mesmas, porque sem confiança, o mundo estaria condenado ao fracasso.
- No prefácio do livro, o autor expôs que “a realidade é completamente histórica, e esta realidade, e não o além, deve ser lida e entendida de acordo com leis que se desenvolvem lentamente”.
- Em A República, Platão afirma que nem todas as pessoas podem ter acesso ao mundo das ideias.
- Jean-Luc Godard expressa no início de História(s) do cinema uma ideia que será central para toda sua obra: “não vá mostrar/todos os aspectos das coisas/reserva para você/ uma margem/de indefinição”.
- O cineasta norte-americano conclui que graças à meditação, está mais tranquilo e pode realizar melhor as tarefas cotidianas.
- Alain Badiou, o filósofo francês, postula que para analisar o século XX é necessário perguntar “(…) qual é o instante de exceção que apaga o século XX?”.
- Sigmund Freud, o pai da psicanálise, declara: “descobri um dia que não era a concepção médica do sono, mas a popular, meio enraizada ainda na superstição, a mais próxima da verdade”.
- Gandhi afirmou que “no dia em que o poder do amor anule o amor ao poder, o mundo conhecerá a paz”.
- Aristóteles ressaltou que “a pessoa não sabe o que sabe até que possa ensinar a outra pessoa”.
- Wittgenstein, o matemático e filósofo, destacou que “do que não se pode dizer nada, melhor calar”.
- O líder da banda disse que esta seria a última turnê.
- O crítico literário acredita que todo texto de ficção é de alguma forma uma viagem, uma Ilíada ou uma Odisseia.
- Hoje em dia, há muitas análises sobre a frase que enunciou Descartes: “Penso, logo, existo”.
- O jornalista esportivo insinuou que o árbitro tinha cobrado a falta mal.
- Michel Foucault afirma que “a ordem pela qual pensamos não tem o mesmo modo de ser dos clássicos”, ou seja, que a relação entre linguagem e pensamento mudou consideravelmente desde a Antiguidade.
- No Segundo Manifesto do grupo de experimentação literária OULIPO, a poesia é descrita como “uma arte simples que reside inteiramente na execução”.
- Werner Herzog, o diretor de cinema, afirma que “os roteiros sempre foram obras literárias que se sustentam por si mesmas”.
- Roland Barthes no “Prefácio à primeira edição” de Mitologias adverte que “naquele momento eu entendia a palavra em um sentido tradicional; mas já estava persuadido de algo que tentei depois extrair todas as suas consequências: o mito é uma linguagem”.
- Jacques Rancière compara a pintura com o cinema, sobre como os sujeitos são representados: “Só que a máquina não faz diferenças. Não sabe que existem pinturas de gênero e pinturas de história. Toma grandes e humildes igualmente; os toma juntos”.
- Saussure considera que o signo é composto por duas partes: o significado e o significante.
- O autor acrescenta que para realizar sua pesquisa “não se trata de lidar com os fatos sociais como coisas, mas sim analisar como os fatos sociais são feitos coisas, como e por quem são solidificados e dotados de duração e estabilidade”.
- A autora diferencia a ironia da sátira, porque considera que só a última é “a forma literária que tem como finalidade corrigir, ridicularizando-os, alguns vícios e ineptividades do comportamento”.
- O historiador sugere que um texto histórico também é um relato.
- Boris Groys propõe diferenciar a análise que se faz sobre uma obra a partir de uma perspectiva estética, como a atitude do espectador-consumidor, da análise que se faz a partir de uma perspectiva poética, como a atitude que tem o autor-produtor da obra.
Como se cita em trabalhos de pesquisa ou monografias?
Quando se incluem citações neste tipo de textos, é preciso mencionar as fontes, ou seja, quem produziu o conceito citado e em que texto. Para isso, as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são usadas, consideradas necessárias tanto para citações textuais quanto para as indiretas.
Dependendo de como seja a citação, inclui-se a seguinte informação:
- Se for uma citação direta, no final desta deve ser colocada entre parênteses o sobrenome do autor, o ano de publicação da obra e o número de páginas). Por exemplo: “A originalidade é, pois, o preço que se deve pagar pela esperança de ser acolhido (e não somente compreendido) por quem nos lê” (Barthes, 2007, p.19).
- Se for uma citação indireta tem que ser colocada entre parênteses o sobrenome do autor e o ano de publicação da obra. Por exemplo: O autor argentino argumentava que a investigação das causas de qualquer fenômeno é um processo que nunca termina (Borges, 1998).
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